Filho que matou mãe professora em MG foi apostar dinheiro roubado
Polícia concluiu o inquérito sobre a morte da professora; Matteos responderá por feminicídio e outros dois crimes

A Polícia Civil de Minas Gerais (PM-MG) divulgou, na última terça-feira (16), que concluiu o inquérito da morte da docente Soraya Tatiana Bonfim Franca, de 56 anos, que foi enforcada pelo próprio filho após uma discussão decorrente de dívidas em casas de apostas.
“Ele jogou tanto no dia anterior ao crime quanto depois. Continuou participando desses grupos, jogando e interagindo. Esse é um detalhe muito importante que mostra a frieza dele. Depois de matar a mãe, ele seguiu apostando, continuou se manifestando nos grupos mesmo após o que havia cometido”, disse a delegada.
No mesmo dia, Matteos também utilizou o carro da mãe para desovar o corpo sob um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. Horas depois, ele foi para uma viagem com os amigos até a Serra do Cipó (MG). No dia seguinte, o filho ainda simulou preocupação com o paradeiro da mãe, tentando enganar familiares e as autoridades.
Briga
Antes do crime, a professora teria ligado para o banco para questionar sobre transações não reconhecidas em seu cartão de crédito. Após descobrir que as movimentações teriam sido feitas por Matteo, iniciou-se a discussão.
Crime
A Polícia Militar de Minas Gerais encontrou o corpo de Soraya embaixo de um viaduto no dia 20 de julho. No local, o corpo da professora estava seminu e coberto com um lençol.
Matteos havia demonstrado preocupação com o paradeiro da mãe, pedindo que uma tia fosse à casa dela, ele sugeriu que a casa teria sido “invadida”. Logo depois de ser encontrada, Matteos foi até o IML e reconheceu o corpo da mãe.
Confissão
Durante as investigações, a polícia decretou a prisão temporária de Matteos. Ele foi detido no dia 25 de julho e confessou ter matado Soraya depois de uma discussão. O homem alegou ter tido um “surto” devido a dívidas de apostas online e empréstimos consignados.
Após a prisão, ele foi transferido de presídio por sofrer ameaças de morte de outros detentos. Nesta mesma época, o advogado desistiu de sua defesa por “questões de ética”.
Matteos responderá por como feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual, destacando a motivação financeira e o contexto de violência doméstica e familiar.