Susana Gravato: Todos os detalhes sobre o último adeus à vereadora do PSD

O último adeus a Susana Gravato, vereadora do PSD e advogada de 49 anos, transformou-se numa cerimónia carregada de emoção, silêncio e simbolismo. A despedida realizou-se na manhã de sábado, 25 de outubro, na Igreja Matriz da Gafanha da Boa-Hora, onde familiares, amigos e colegas se reuniram para homenagear uma mulher admirada pela sua dedicação à comunidade de Vagos.

As bandeiras a meia-haste em vários edifícios públicos — incluindo os Paços do Concelho e o quartel dos Bombeiros — refletiam o luto profundo que se vive no concelho. A atmosfera era densa, marcada por um misto de dor, incredulidade e respeito.

No interior da igreja, o silêncio era cortante. O caixão, rodeado de flores brancas e mensagens de despedida, tornou-se o centro de um momento quase irreal. Amigos próximos relatam que, no instante em que o padre iniciou as preces finais, uma flor caiu do altar — e o gesto espontâneo de várias pessoas olhando para o teto criou um clima de mistério e arrepio.

Ao contrário de rumores que circulavam nas redes sociais, o filho de 14 anos de Susana não esteve presente nas cerimónias. O jovem permanece internado em regime fechado no Centro Educativo de Santo António, no Porto, por um período inicial de três meses, que poderá ser prolongado. No local encontravam-se apenas o marido, os pais de Susana, a irmã e o filho mais velho, visivelmente devastados.

Susana Maria Ferreira Gravato nasceu em Ílhavo, a 8 de março de 1976, mas viveu em Vagos desde os seis anos. Era conhecida pela sua competência, empatia e dedicação às causas públicas, tanto no exercício da advocacia como nas funções autárquicas.

No final da cerimónia, o povo saiu em silêncio. Muitos diziam ter sentido “uma presença forte”, como se Susana ainda estivesse ali — despedindo-se, discretamente, de todos aqueles que tanto amava.