đŸ‡”đŸ‡č LuĂ­s Montenegro Surpreende Portugueses com AnĂșncio em Direto — Primeiro-Ministro Rejeita Estado de Calamidade

Na noite desta quinta-feira, LuĂ­s Montenegro dirigiu-se aos portugueses numa conferĂȘncia de imprensa transmitida em direto, apĂłs uma reuniĂŁo extraordinĂĄria do Conselho de Ministros, realizada em Viseu. O tema central foi a situação dramĂĄtica dos incĂȘndios que continuam a devastar o Centro e o Norte do paĂ­s, especialmente na Beira Interior e na Serra da Estrela, que arde hĂĄ jĂĄ nove dias consecutivos.

Questionado sobre a possibilidade de o Governo decretar o estado de calamidade, tal como tem sido exigido por alguns partidos da oposição, nomeadamente o PS, o primeiro-ministro surpreendeu ao afirmar que “não há nenhuma necessidade de estarmos a decretar este estado”.

Montenegro justificou a decisĂŁo explicando que “o efeito Ăștil que se pretenderia Ă© aquilo que resulta precisamente da lei que acabĂĄmos de aprovar”, referindo-se a uma nova legislação que confere ao Executivo poderes semelhantes aos do estado de calamidade, sem necessidade de o formalizar.Luis Montenegro surpreende portugueses com anĂșncio em direto

O primeiro-ministro revelou ainda que o Governo aprovou um “novo instrumento legislativo”, que serĂĄ aplicado sempre que se verifiquem situaçÔes de catĂĄstrofe natural como os incĂȘndios que afetam o paĂ­s. Este mecanismo permitirĂĄ lançar rapidamente concursos e programas de apoio Ă s autarquias, de forma a acelerar a reparação de infraestruturas danificadas.

Entre as regiĂ”es mais atingidas, destaca-se a Serra da Estrela, um dos parques naturais mais emblemĂĄticos de Portugal, onde as chamas tĂȘm destruĂ­do vastas ĂĄreas de floresta desde o inĂ­cio do fogo em Arganil (distrito de Coimbra).Discurso de LuĂ­s Montenegro foi muito "autojustificativo" – Observador

Com esta decisão, Luís Montenegro procura transmitir confiança e reforçar a capacidade de resposta do Governo, ao mesmo tempo que evita um cenårio de alarme nacional. Contudo, a sua recusa em declarar o estado de calamidade promete alimentar o debate político e intensificar as críticas da oposição, que acusa o Executivo de subestimar a gravidade da situação.

Enquanto o paĂ­s continua a lutar contra as chamas, a mensagem do primeiro-ministro marca um ponto de viragem na gestĂŁo polĂ­tica e legislativa das catĂĄstrofes naturais em Portugal.